DOMINGOS NA CASA DO CINEMA: MANOEL DE OLIVEIRA E O CINEMA PORTUGUÊS 2

Auditório da Casa do Cinema Manoel de Oliveira
21 ABR - 17 NOV 2024

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

DOMINGOS NA CASA DO CINEMA: MANOEL DE OLIVEIRA E O CINEMA PORTUGUÊS 2

Fotografia de rodagem de "Amor de Perdição" (1978), Manoel de Oliveira

Entre as décadas de 1970 e 1980 Portugal conheceu mudanças sociais e políticas muito significativas. Desde logo, a revolução de abril de 1974 – que além de ter derrubado o Estado Novo, pondo fim a quarenta anos de ditadura, acabou com a Guerra Colonial e deu início a um turbulento processo de descolonização – ou, volvidos pouco mais de dez anos, a adesão do país à C.E.E., em 1986. Ao longo dessas duas décadas, o cinema português não só não foi indiferente às transformações que estavam em curso, como conheceu, ele próprio, importantes mutações estéticas e de modelos de produção. Seja através da criação de cooperativas de cineastas ou pela irrupção de vozes autorais muito distintas, pelo alinhamento com o que se fazia “lá fora” ou na afirmação identitária de uma “escola portuguesa”, em tom militante ou por vias mais alusivas, o país – essa paisagem em mutação, entre História(s), contradições e incertezas – sempre esteve na mira deste cinema em revolução.

Manoel de Oliveira e o Cinema Português 2 – segundo momento de uma série de três – surge na continuidade do ciclo que, há um ano, incidiu na produção cinematográfica nacional do período 1929-1969. Então, como agora, a obra de Oliveira é colocada em contexto e confrontada com a produção cinematográfica portuguesa sua contemporânea. Uma panorâmica que sonda afinidades e diferendos, relações de cumplicidade e de dissensão, naquela que é, para o realizador, uma das fases do seu percurso em que mais radicalmente questionou o cinema (formas, linguagem, sentido, alcance) e, inesperadamente, se impôs – dentro e fora de portas (melhor dizendo, fora e dentro) – como uma referência. Um autor que, contando internacionalmente entre os mais inclassificáveis criadores da história do cinema, se tornou, também, num dos principais inventores do que hoje se entende por “cinema português” e, mesmo, do que hoje se entende por “Portugal”.


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