Not Post-Modernism. Dan Graham e a Arquitetura do Século XX
Untitled (Sem título). Cortesia do espólio de Dan Graham.
A exposição Not Post-Modernism. Dan Graham e a Arquitetura do Século XX foi concebida por Dan Graham e é a última exposição em que trabalhou antes do seu desaparecimento recente. Trata-se de um tocante e rigoroso tributo a um artista, pensador e escritor para quem a arquitetura – e a forma como a habitamos coletivamente – ocupou um lugar central no seu trabalho.
Bartomeu Marí, curador e académico de arquitetura, trabalhou com Dan Graham de forma muito próxima durante todo o processo e colocou a última pedra no edifício intelectual desenvolvido pelo artista durante toda uma vida dedicada ao estudo e pensamento sobre alguns dos mais importantes arquitetos do século XX e do início do século XXI.
A produção multifacetada e extensa de Dan Graham a partir de meados da década de 1960 fez dele um protagonista inclassificável da arte contemporânea. Incluindo textos críticos, poesia, performance, escultura, instalações-media, filmes e vídeos, bem como fotografia, a sua obra aborda tanto as novas dimensões da condição e da subjetividade do espectador surgidas com a Arte Minimal e Conceptual como o esbatimento das fronteiras rígidas e estáveis entre as tradições das belas-artes (alta cultura) e os produtos das subculturas populares (o vernáculo contemporâneo).
A exposição exprime a admiração de Graham por oito arquitetos que, de uma forma ou de outra, influenciaram a sua obra: Jan Duiker, Lina Bo Bardi, Atelier Bow-Wow, Sverre Fehn, Itsuko Hasegawa, Kazuo Shinohara, Anne Tyng e Vilanova Artigas.
Selecionados por Graham, os projetos incluídos na exposição são cuidadosamente transpostos para o desenho expositivo pensado pelo Atelier Bow-Wow e organizados num "espaço crítico" em que a sua apresentação em pares permite leituras criativas e uma evolução dinâmica de ideias e formas. A exposição funciona também como um ensaio sobre arquitetura – uma disciplina que Graham trouxe para o mundo artístico, tornando-o consciente da sua importância e crítico do seu conteúdo.
A exposição é organizada pela Fundação de Serralves, com a curadoria de Dan Graham e Bartomeu Marí.
A exposição recebeu o apoio da Corticeira Amorim
Galeria da Imagens
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