A cidade do Porto foi palco, no período da pós-revolução, de alguns movimentos que reclamavam para esta cidade a criação de um espaço para a exibição da arte produzida à época. A importância de algumas iniciativas, nomeadamente do Centro de Arte Contemporânea, cuja direção foi desde o início assumida por Fernando Pernes e que se manteve em funcionamento até 1980, foi fundamental para consolidar o contexto artístico do Porto.
Isto mesmo foi reconhecido pela Secretária de Estado da Cultura, Teresa Patrício Gouveia, ao escolher a cidade onde implantar um futuro Museu Nacional de Arte Moderna. Para esse feito o Estado adquiriu, em dezembro de 1986, a Quinta de Serralves.
Nessa data, e até à criação da Fundação de Serralves em 1989, foi constituída uma Comissão Instaladora composta por Jorge Araújo, Teresa Andresen e Fernando Pernes, tendo a Casa e o Parque de Serralves sido abertos ao público a 29 de maio de 1987.
A criação da Fundação, através do Decreto-Lei 240-A/89, de 27 de julho, assinalou o início de uma parceria inovadora entre o Estado e a sociedade civil, representada por cerca de 51 entidades, oriundas dos sectores público e privado. Atualmente o número de Fundadores ascende a 181, entre empresas e particulares, o que evidencia uma crescente e contínua adesão ao projeto de Serralves.
Na prossecução dos seus fins estatutários, em março de 1991 é assinado o contrato com o arquiteto Álvaro Siza para a elaboração do projeto de arquitetura do Museu. A construção do então designado "Museu Nacional de Arte Contemporânea” foi financiada por fundos comunitários e fundos do PIDDAC.
Serralves arrancou sob a presidência de João Marques Pinto (1989-2000), que seria depois substituído no cargo por Teresa Patrício Gouveia (2001-2003) e a seguir por António Gomes de Pinho (2003-2009), ao qual sucedeu em 2010 o presidente Luís Braga da Cruz (2010-2015) e posteriormente Ana Pinho, atual presidente da Fundação de Serralves.
Reconhecida hoje como uma das principais instituições culturais portuguesas e a mais relevante do Norte de Portugal, a Fundação de Serralves tem desenvolvido um grande esforço no sentido de projetar nacional e internacionalmente a arte dos nossos dias e de divulgar o seu notável património arquitetónico e paisagístico. Em 1996, considerando o seu relevante interesse arquitectónico, o património imobiliário de Serralves foi classificado como "Imóvel de Interesse Público”.
Localizada na cidade do Porto, a Fundação é detentora de um valioso património histórico e cultural, composto pelo Museu e Casa do Cinema Manoel de Oliveira, projetos do arquiteto Álvaro Siza, vencedor do prémio Pritzker em 1992, pela Casa de Serralves, um exemplar único da arquitetura Art Déco, e pelo Parque, desenhado pelo arquiteto francês Jacques Gréber e galardoado em 1997 com o prémio "Henry Ford Prize for the Preservation of the Environment”.
1.2.1 Em 2012, o conjunto patrimonial de Serralves foi classificado como "Monumento Nacional”. Esta classificação máxima veio reconhecer o valor cultural, arquitetónico e paisagístico do património de Serralves, bem como todo o investimento que tem vindo a ser aplicado na sua valorização, animação e divulgação.
A 3 de dezembro de 2014, por ocasião da reunião anual do Conselho de Fundadores de Serralves e no encerramento das comemorações dos 25 anos da Fundação e dos 15 anos do Museu de Arte Contemporânea, Serralves foi condecorada pelo Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, com o grau de Membro Honorário da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, pelo seu "inestimável contributo” para a cultura em Portugal. Na sua intervenção, o Presidente da República salientou que Serralves, além de ser "uma referência no meio artístico internacional" é também um "caso de sucesso em termos de impacto económico, através da qualificação e do aumento global do turismo que tem vindo a gerar".
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