ESCAL’ARTE
PLANTOIR (COLHER DE JARDINEIRO), que se encontra na entrada do Parque de
Serralves, é um objeto desafiante. Obra de CLAES OLDENBURG & COOSJE VAN
BRUGGEN, é uma das muitas esculturas gigantes e coloridas que esta dupla
instalou em espaços públicos, em articulação ou contraste com o seu contexto.
A inspiração para as suas peças nasce de um novo olhar sobre os
mais banais objetos do (nosso) quotidiano – de fósforos a gelados, passando por
alfinetes, carimbos, hambúrgueres, talheres… –, adulterando a sua escala para
os colocar, posteriormente, em locais inusitados, surpreendendo o observador.
Graduando
os objetos de uso doméstico por meio de escala, imaginaremos e construiremos,
através do desenho e da ilusão, múltiplas relações do corpo com os objetos que
nos rodeiam e de ambos com a Arte.
[1] Plantoir [Colher de Jardineiro],
2001 (© Fernando Guerra)
[2] Claes
Oldenburg (Keystone/Hulton Archive/Getty Images).
PALAVRAS-CHAVE: objetos
do quotidiano; ilusão de ótica; escala; perspetiva.
MATERIAIS: diferentes objetos de uso quotidiano
(para todas as propostas); folhas de papel e lápis de cor (para as propostas B
e C); smartphone/câmara fotográfica (para as propostas D e E).
PROPOSTAS
Dependendo do tempo disponível, poderás optar por realizar
autonomamente cada um dos tópicos abaixo sendo que todas as propostas deverão
ser, necessariamente, precedidas pela proposta A.
PROPOSTA A
Escolhe pequenos objetos de uso doméstico, habitualmente
escondidos ou depreciados (utensílios de cozinha, produtos de higiene, objetos
de decoração, produtos alimentares, entre outros), e observa-os [imagens 5 e
6].
PROPOSTA B
Na maior folha de papel que tiveres em casa (idealmente em A3)
desenha, ocupando a totalidade da área do papel, um (ou mais) desses objetos
selecionados na proposta A [imagens 3 e 4].
PROPOSTA C
Tal como a “Colher de Jardineiro” aterrou em Serralves, imagina
um lugar (real ou imaginário, desde que exterior) onde o objeto anteriormente
desenhado possa pousar e viver. Aí o objeto será gigante e as pessoas serão
muito menores do que ele. Decide quantas vezes menor é que vais ser em relação
ao objeto e desenha-te. De seguida, desenha o contexto, o local imaginário, e
cria uma história sobre a vida desse objeto [imagens 3 e 4].
[3] Dream Pin, 1998. Graphite,
colored pencil and pastel on paper, 40 × 30 3/16 in. (101.6 × 76.7 cm). Whitney
Museum of American Art, New York; gift of Claes Oldenburg and Coosje van
Bruggen 2001.209. © Claes Oldenburg and Coosje van Bruggen. Photograph by
Sheldan C. Collins.
[4] Proposal for a sculpture in the Form of a Pan and
Broom, 1997 Pecil ana pastel on paper; 30x40 in. Collection Claes Oldenburg and
Coosje van Bruggen. © 2018 Claes Oldenburg and Coosje van Bruggen.
PROPOSTA D
Com base num (ou mais) dos objetos
selecionados na proposta A, tenta perceber se podes fazer, na realidade, o que
fizeste anteriormente em desenho [ver, novamente, a Imagem 4]. Talvez não dê
para construir, dentro de casa, uma escultura como Plantoir, com mais de
sete metros de altura, mas podes, certamente, criar essa ilusão.
[5] Conjunto de objetos (JAS)
[6] Objetos selecionados (JAS)
Brincando com a perspetiva e tirando partido da distância entre
objetos [Ver: How to Create Forced Perspective! em https://www.youtube.com/watch?v=MhNhTCLH8YQ], cria
relações inusitadas entre os participantes e os objetos escolhidos inicialmente
– experimenta falar com eles, abraçá-los, ser por eles esmagado, etc. –,
fotografa essas experiências e partilha connosco!
[7 a 9] Exemplos de ilusão de ótica a
partir dos objetos selecionados (JAS)
PROPOSTA E
A partir de uma das situações anteriormente
inventadas, cria um vídeo onde se conte uma história sobre esse objeto e tua
relação (fora de escala) com ele.
Conceção: João
Almeida e Silva
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