MONUMENTOS DE PAPEL
Em
2012, o conjunto patrimonial de Serralves foi classificado como "Monumento
Nacional”. Resultado da atuação de várias gerações/intervenções que, em
diversos momentos, criaram as condições para que aí surgissem novos espaços (quinta,
casa, parque, museu, etc.), Serralves é hoje coletivamente reconhecido pelas
suas características excecionais. Por isso, podemos olhar para a cor rosa da
casa, para a álea dos liquidâmbares, para o branco do museu e das bétulas que o
acomodam no jardim (entre muitos outros detalhes) e aí reconhecer o seu valor
cultural, arquitetónico e paisagístico. Mas como se define um monumento? Como
se poderá identificar e quantas mãos serão necessárias para o desenhar e
executar? Se pudesses criar um monumento, que obra digna de passar à
posteridade, de perpetuar a memória de alguém ou de algum facto notável
projetarias? Que espaços construirias, que histórias contaria?
Montagem
a partir de detalhes do conjunto patrimonial de Serralves (JAS e www.serralves.pt)
PROPOSTA
1. Corta as folhas em
tiras com diferentes larguras (quanto mais tiras existirem, maior será o
monumento) [1].
2. Em cada tira escreve
uma palavra/frase (ou faz um desenho) que represente uma memória de algo que
consideres marcante (poderá ser um excerto de um livro; uma fala de um filme;
um aspeto de um edifício ou cidade; uma letra de uma música; entre muitas
outras coisas). Reserva algumas tiras para utilizares, mais tarde.
3. Depois das memórias selecionadas,
partilha-as com os restantes participantes, para que todos percebam o seu
valor.
4. Com as histórias
contadas, transforma as tiras de papel em paredes do monumento que irás criar,
atribuindo a cada uma, uma forma diferente. Cada tira será então uma parte do
monumento - será ela um sítio, um edifício, um dos seus compartimentos ou uma
escultura/objeto?) [2 e 3].
5. Tal como Serralves pode
ser entendido enquanto conjunto de episódios/momentos/salas/memórias, junta as
várias peças/formas criadas no ponto anterior de modo a obteres uma construção
maior. Sobrepõe as peças/formas em várias camadas sobre as tiras nas quais não
escreveste. Abre portas, janelas, cria escadas, negoceia com os restantes
participantes as histórias, formas e composições que este monumento pode
adquirir. Assim, várias mãos e várias histórias se fundirão e criarás um
monumento único. Quão alto e/ou comprido pode ser esse monumento? Quantas peças
tem? Quantas cores soma? Quantas histórias esconde? [4].
6. De seguida, desenha-te,
recorta-te e imagina-te observador/utilizador desse local imaginário [5 a 9].
7. Depois de toda esta
reflexão, poderás escolher, ainda, um nome para o teu monumento de papel!
8. Fotografa o monumento/maquete para não a perderes e se
conseguires partilha-a connosco, contando-nos a sua história.
[1]
Tiras de papel (JAS)
[2 e
3] Formas/paredes com histórias (JAS)
[4]
Monumento de papel (JAS)
[5 e 6] Monumento de papel
incluindo escala humana (JAS)
[7
a 9] Monumento de papel incluindo escala humana (JAS)
MATERIAIS: folhas
de papel A4 (preferencialmente coloridas), x-ato/tesoura, cola baton e marcador
preto.
Conceção: João
Almeida e Silva
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