Cinema e Fotografia: Visões Espectrais
Conversas Com Serralves
Conversas com Ciência
Horário: 18:00
Evento
online, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através
deste link
O link de acesso será enviado após conclusão do período de inscrições
Em diálogo com a exposição “Manoel de Oliveira Fotógrafo”,
que reabrirá ao público no próximo dia 5 de abril, a Casa do Cinema Manoel de
Oliveira iniciará, assim que possível, o ciclo “Cinema e Fotografia: Visões
Espectrais”, que teve de ser adiado por causa das restrições impostas pela
pandemia. Este programa propõe olhar para a história das aproximações e
confrontos entre esses dois tipos de imagens e meios de expressão a partir do
ponto de vista da morte, tendo por foco O Estranho Caso de Angélica (2010), de
Manoel de Oliveira. Nesse filme, inspirado em factos vividos pelo próprio
realizador, um fotógrafo é convidado a capturar a imagem de uma rapariga
recém-falecida que, perante a objetiva, esboça um sorriso. A partir deste
episódio, em que ironicamente a imobilidade suprema da morte é quebrada pela
arte da imagem estática, o ciclo propõe uma viagem pelo modo como a
espectralidade fotográfica anima a imagem fixa, antecipando, nesse ponto, o próprio
dispositivo cinematográfico.
Para conversar sobre as relações entre o cinema e a
fotografia, bem como as tensões que se foram perfilando entre imagem fixa e
imagem em movimento ao longo da história do cinema, estarão à conversa, no
próximo dia 30 de março, pelas 18h00, Joana Ascensão e Maria João Madeira
(programadoras da Cinemateca Portuguesa, responsáveis pelo ciclo, aí realizado
em 2018, “24 Imagens – Cinema E Fotografia”) com Ricardo Vieira Lisboa
(assistente de programação da Casa do Cinema Manoel de Oliveira).
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Joana Ascensão é programadora na Cinemateca Portuguesa-Museu
do Cinema desde 2009, onde tem sido responsável pela conceção de ciclos
temáticos e retrospetivas de autor. Estudou fotografia no Ar.Co e é licenciada
e mestre em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem participado em vários projetos de
investigação e foi professora nas áreas do cinema e da fotografia na
Universidade Lusófona. Realizou o filme Pintura Habitada (Grande Prémio para o
Melhor Documentário Português de Longa-Metragem do Festival Doclisboa 2006).