A FESTA DA ÁRVORE, COMO PRÁTICA CÍVICA E PEDAGÓGICA

Ciclo de Conversas Somos Árvores

Somos Árvores

Biblioteca
19 OUT 2021

Horário: 17:30

Evento hibrido, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através deste link.

O link de acesso e mail de confirmação de inscrição serão enviados até à véspera do evento.

2109 Conversa ÁRVORES - A FESTA DA ÁRVORE, COMO PRÁTICA CÍVICA E PEDAGÓGICA 19 out

PROGRAMA

 

17:30

Boas vindas

Professora Helena Freitas (Direção do Parque)

 

17:40

Intervenção

Professora Fernanda Rollo (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa)

 

18:40

Encerramento

Professora Helena Freitas

 


As festas da árvore começaram a ser celebradas em Portugal nos últimos anos da monarquia, em boa medida inspiradas pelas festividades francesas de cunho cívico e pedagógico herdadas da Revolução francesa. As primeiras festas portuguesas datam de 1907, promovidas pela Liga Nacional de Instrução, uma associação ligada ao republicanismo e à maçonaria.

Implantada a República, a Festa da Árvore ganhou expressão e amplitude, conquistando dimensão nacional, afirmando-se como uma festividade cívica realizada no espaço público. As festas, em que ressalta o empenho organizativo dos professores primários, envolviam a plantação de árvores em locais percorridos por cortejos cívicos participados pelo conjunto da população.

Ficaram célebres a Festa da Árvore realizada em 12 de Março de 1911 e, em especial a que, em 9 de março de 1913, O Século Agrícola promoveu como «Festa Nacional da Árvore», envolvendo atividades simultâneas por todo o país.

As festas tinham uma fortíssima carga simbólica, evocando a harmonia e o respeito pela natureza como princípio pedagógico e convocando a sua capacidade de renovação como inspiração para o propósito da regeneração da pátria que a República e o republicanismo almejavam. Ocorriam em março, em linha com rituais antigos de sagração da natureza, na celebração da passagem do Inverno para a Primavera.

À imagem das “árvores da liberdade” em França, as árvores ‘republicanas’ representavam os valores cívicos e morais promovidos pelo republicanismo, simbolizando a pátria, a liberdade, a solidariedade e a celebração da relação do homem com a natureza.

 

Maria Fernanda Rollo, 19 de outubro de 2021

2109 Conversa ÁRVORES - A FESTA DA ÁRVORE, COMO PRÁTICA CÍVICA E PEDAGÓGICA 19 out

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Helena Freitas doutorou-se em Ecologia pela Universidade de Coimbra, em colaboração com a Universidade de Bielefeld, Alemanha, em 1993, e realizou um pós-doutoramento na Universidade de Stanford, EUA, entre 1994 e 1996. É Professora Catedrática na área da Biodiversidade e Ecologia no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra desde 2003, e detentora da Cátedra Unesco em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável desde 2014 (http://unescobiodiversitychair.uc.pt/?lang=en).

Foi Vice-Reitora da Universidade de Coimbra entre 2011 e 2015, com o pelouro das Relações Institucionais, Museus e Desporto. Entre 23 de outubro de 2015 e 10 de março de 2016 foi deputada e vice-presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista. Entre 10 de Março de 2016 e 18 de julho de 2017 foi Coordenadora da Unidade de Missão para a Valorização do Interior, tendo coordenado o Programa Nacional para a Coesão Territorial (www.pnct.gov.pt, Diário da República n.º 226/2016, Série I, de 2016-11-24).

Helena Freitas integrou o Conselho Geral da Universidade de Coimbra (2009-2011), foi Diretora do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra de 2004-2012, tendo elaborado e  coordenado o seu programa de requalificação,  Presidente da Liga para a Proteção da Natureza (1999 – 2002), primeira Provedora do Ambiente e Qualidade de Vida da cidade de Coimbra (2002 - 2005), fundadora e Presidente da Sociedade Portuguesa de Ecologia (2004 - 2013) e Vice-Presidente da Sociedade Europeia de Ecologia (2009 - 2012).

Atualmente, é Coordenadora da unidade de investigação Centre for Functional Ecology – science for people and the planet (cfe.uc.pt), Coordenadora científica do FitoLab - Laboratório de Fitossanidade do Instituto Pedro Nunes (www.ipn.pt/laboratorio/fitolab), e integra o Conselho Científico do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra. Em Julho de 2019 integrou o comité europeu para a adaptação às alterações climáticas, incluindo a transformação societal. Desde Agosto de 2019 representa Portugal no IPBES.

As áreas científicas de especialidade relacionam-se com: Ecologia; Ecossistemas Mediterrânicos; Floresta e Agricultura; Ecologia e Gestão de espécies exóticas e invasoras; Conservação da Natureza, Biodiversidade; Fisiologia da árvore; Diversidade de Plantas e Fungos; Tolerância ao Stress e Bioremediação; Política ambiental; Bioenergia; Conservação da Natureza; Ecologia microbiana; Ecologia e Sociedade. Foi coordenadora ou participante em vários projetos e consórcios nacionais e internacionais, incluindo o Millennium Ecosystem Assessment. Orientou ou coorientou 20 dissertações de mestrado e 34 teses de doutoramento.

É autora em mais de 300 publicações científicas internacionais indexadas e várias obras de promoção e divulgação da ciência. Publica regularmente na imprensa nacional e regional, em particular sobre ambiente, territórios e sociedade, planeamento e políticas de desenvolvimento com base no conhecimento. Em março de 2000 foi-lhe atribuída a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique pelo Presidente da República Portuguesa Jorge Sampaio.


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