A FESTA DA ÁRVORE, COMO PRÁTICA CÍVICA E PEDAGÓGICA
Ciclo de Conversas Somos Árvores
Somos Árvores
Horário: 17:30
Evento
hibrido, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória através deste link.
O link
de acesso e mail de confirmação de inscrição serão enviados até à véspera do
evento.
PROGRAMA
17:30
Boas
vindas
Professora
Helena Freitas (Direção do Parque)
17:40
Intervenção
Professora
Fernanda Rollo (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de
Lisboa)
18:40
Encerramento
Professora
Helena Freitas
As
festas da árvore começaram a ser celebradas em Portugal nos últimos anos da
monarquia, em boa medida inspiradas pelas festividades francesas de cunho
cívico e pedagógico herdadas da Revolução francesa. As primeiras festas
portuguesas datam de 1907, promovidas pela Liga Nacional de Instrução, uma
associação ligada ao republicanismo e à maçonaria.
Implantada
a República, a Festa da Árvore ganhou expressão e amplitude, conquistando
dimensão nacional, afirmando-se como uma festividade cívica realizada no espaço
público. As festas, em que ressalta o empenho organizativo dos professores
primários, envolviam a plantação de árvores em locais percorridos por cortejos
cívicos participados pelo conjunto da população.
Ficaram
célebres a Festa da Árvore realizada em 12 de Março de 1911 e, em especial a
que, em 9 de março de 1913, O Século Agrícola promoveu como «Festa Nacional da
Árvore», envolvendo atividades simultâneas por todo o país.
As
festas tinham uma fortíssima carga simbólica, evocando a harmonia e o respeito
pela natureza como princípio pedagógico e convocando a sua capacidade de
renovação como inspiração para o propósito da regeneração da pátria que a
República e o republicanismo almejavam. Ocorriam em março, em linha com rituais
antigos de sagração da natureza, na celebração da passagem do Inverno para a
Primavera.
À
imagem das “árvores da liberdade” em França, as árvores ‘republicanas’
representavam os valores cívicos e morais promovidos pelo republicanismo,
simbolizando a pátria, a liberdade, a solidariedade e a celebração da relação
do homem com a natureza.
Maria
Fernanda Rollo, 19 de outubro de 2021
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Helena Freitas received her PhD in Ecology from
the University of Coimbra, in collaboration with the University of Bielefeld,
Germany, in 1993, and did postdoctoral studies at Stanford University, USA,
between 1994 and 1996. She is Full Professor of Biodiversity and Ecology at the
Department of Life Sciences of the Faculty of Sciences and Technology of the
University of Coimbra since 2003, and holds the UNESCO Chair in Biodiversity
and Conservation for Sustainable Development since 2014. Helena Freitas joined
the General Council of the University of Coimbra (2009-2011), was the Director
of the Botanical Garden of the University of Coimbra from 2004 to 2012, the
President of the League for the Protection of Nature (1999 (2002-2005), the
founder and President of the Portuguese Society of Ecology (2004-2013) and the
Vice- President of the European Society of Ecology (2009-2012). She is
currently Coordinator of the Center for Functional Ecology - science for people
and the planet, Scientific Coordinator of FitoLab - Phytosanitary Laboratory of
the Pedro Nunes Institute, and is a member of the Scientific Council of the
Department of Life Sciences of the University of Coimbra. Her research
interests include Ecology; Mediterranean Ecosystems; Forest and Agriculture;
Ecology and Management of exotic and invasive species; Conservation of Nature,
Biodiversity; Physiology of the tree; Diversity of Plants and Fungi; Tolerance
to Stress and Bioremediation; Environmental policy; Bioenergy; Conservation of
Nature; Microbial ecology; Ecology and Society. She is the author of more than
300 international scientific publications and several publications promoting
and disseminating science. In March 2000 he was awarded the Commendation of the
Order of Prince Henry the Infant by the President of the Portuguese Republic
Jorge Sampaio.