VISITA GUIADA COM JONATHAN SALDANHA
CHRISTINA KUBISCH
EXPOSIÇÃO CHRISTINA KUBISCH
Lotação: 25 pessoas
Inscrição obrigatória para ser.educativo@serralves.pt até às 17:00 da sexta-feira anterior.
Acesso:
Bilhete Visita Orientada
Adulto residente em Portugal: 10€
Adulto não residente em Portugal: 12€
Entrada gratuita para crianças até aos 12 anos;
Desconto de 50% para Amigos de Serralves, jovens até aos 18 anos e maiores de 65 anos.
No contexto da primeira exposição em Portugal da artista sonora alemã, Christina Kubisch, Serralves organiza um conjunto de visitas guiadas por artistas, investigadores e curadores nacionais em cujo trabalho o som aparece como elemento primordial: Luís Fernandes, Jonathan Saldanha e Cláudia
Martinho.
Estas visitas visam proporcionar a partilha de visões sobre a exposição de Christina Kubisch que se cruzam com a investigação artística própria de cada um dos convidados. O programa em torno desta exposição integra ainda um concerto que reúne a apresentação das peças Emergency Solos (solos de flauta de 1974 que são uma referência histórica no trabalho de Kubisch e na performance musical), a interpretação da peça Wien Landstraße (um encontro entre um quarteto de cordas e gravações de campo eletromagnéticas) e a espacialização de uma seleção de peças eletroacústicas.
Após estudos em pintura, música e eletrónica, Christina Kubisch iniciou, nos anos 1970, o trabalho com esculturas sonoras, instalações e composições eletroacústicas que viriam a estabelecê-la como um nome pioneiro no campo da Arte Sonora e uma das artistas sonoras mais célebres da atualidade.
A presente exposição, integrada na programação de projetos contemporâneos de Serralves, é a primeira que a artista realiza em Portugal. Ela inclui: THE GREENHOUSE [A ESTUFA], uma instalação que utiliza a indução eletromagnética, uma técnica que Kubisch desenvolve desde finais da década de 1970 e que permite ao público, munido com auscultadores especiais, ouvir e misturar uma paisagem sonora que circula por cabos elétricos suspensos; BRUNNENLIEDER [CANÇÕES DA FONTE], um trabalho sobre a quietude e o imaginário Romântico onde sons naturais de água têm encontros ocasionais com citações musicais de gravações em vinil de uma canção de Schubert; e as obras ANALYZING SILENCE [ANALISANDO O SILÊNCIO] e SILENT EXERCISES [EXERCÍCIOS SILENCIOSOS], focadas em reflexões materiais e culturais sobre o “silêncio” e que têm como base uma coleção de cerca de 90 gravações das palavras que significam “silêncio” em várias línguas dos cinco continentes.
Jonathan Uliel Saldanha é músico, artista visual, construtor sonoro e cénico. Investiga zonas de interceção entre a pré-linguagem, alteridade, ficção científica, o som enquanto vetor de contágio e a tensão entre o sintético e a paisagem.
Dirige o projeto HHY & The Macumbas e foi o fundador do coletivo SOOPA — editora e programadora de concertos e performance iniciada em 1999, no Porto. Atuou em concertos nos festivais Serralves em Festa, Unsound, Le Guess Who?, Sónar, Primavera Sound, Amplifest, Out.Fest, Milhões de Festa, Neopop e Elevate.
Entre o seu trabalho recente, destacam-se instalações e peças como SCOTOMA CINTILANTE / DISMORFIA (2019, Universidade Católica do Porto, BoCA – Bienal of Contemporary Arts, Teatro Nacional São Carlos), BROKEN FIELD ATLANTIS (FITEI – Festival Internacional de Expressão Iberica), a exposição PLAGUE VECTOR (Galeria Municipal de Braga), LOCUS HORRIBILIS (Galeria Solar), BEHEMOTH REPUBLIC (Arquipélago — Centro de Artes). Entre 2016 e 2018, apresentou a instalação Vocoder & Camouflage, a peça O POÇO, a instalação OXIDATION MACHINE, a exposição AFASIA TÁTICA e a peça/filme SØMA nos festivais DDD – Festival Dias da Dança, Verão Azul, Serralves em Festa, Festival DoDisturb (Palais de Tokyo, Paris), Anozero Bienal de Coimbra, Culturgest e Cordoaria Nacional Lisboa.
Em 2012 foi co-curador do programa “SONORES - som/espaço/sinal” para a Capital Europeia da Cultura de Guimarães.
Foi, desde 2009, co-criador das peças cénicas Nyarlathotep e Máquina da Selva apresentadas no Accès(s) Festival, Balleteatro e no Museu de Serralves. Compôs ainda uma série de peças para voz, eletrónica e espaço ressonante: KHOROS ANIMA, SANCTA VISCERA TUA, DEL, SILVO UMBRA e PLETHORA, e colabora regularmente com a artista Catarina Miranda nas suas peças.
Tem o filme/ensaio MÁQUINA DA SELVA / MUNDO DE CRISTAL, editado pelo Museu de Serralves.