Paisagem em linha
Horário: 17h00 às 19h00
Acesso gratuito.
6ª Edição do Festival DDD-Dias da Dança.
Conceção e direção artística
Gustavo Ciríaco
Coreógrafa convidada
Luciana Lara
Interpretação
Alina Folini, Bibi Dória, Filipe Caldeira, Gonçalo Lopes, Sara Zita Correia, Tiago Barbosa
Cenografia
João Gonçalo Lopes
Figurinos
Sara Zita Correia
Fotografia
Aline Belfort, Felipe Pardo, João Grama, Mila Ercoli
Direção Técnica
Santiago Tricot (Uy)
Administração e gestão financeira
Missanga Antunes | Efémera Colecção - Associação Cultural
Direção de produção
Sinara Suzin
Coprodução
Fundição Progresso, NAVE
Realização
Efémera Coleção – Associação Cultural
Apoio institucional
THIRD – Dance and Theatre Academy – Amsterdam University of the Arts
Apoio a residência
Devir / CAPA, Pico do refúgio, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas,
23 Milhas, Galeria ZDB & Novo Negócio, Instável – Centro Coreográfico, Serralves - Museu de Arte Contemporânea
Apoio
República Portuguesa – Cultura, Direção-Geral das Artes, IBERESCENA – Apoio
à Coprodução de Espetáculos 2020-2021
Do planalto central brasileiro para o desfiladeiro montanhoso da Serra da Mantiqueira, da
cidade planeada para o mundo dos volumes naturais, para a coreógrafa Luciana Lara as férias de Verão iniciavam-se com o trajeto por relevos escarpados, por uma mata densa e por estradas com o céu azul a emoldurar os contornos de um desenho em precipício. Entre a fabulação da arquitetura utópica de Brasília e os contornos do mundo natural, a linha unia-os num traço, compartimento e caminho. No Hall do Museu de Arte Contemporânea de Serralves, um grupo de performers ativa, através de um jogo, as linhas abstratas de uma paisagem.
A performance Paisagem em Linha é a segunda obra da coleção Cobertos pelo Céu.
Cobertos pelo Céu é um projeto de Gustavo Ciríaco que revisita as experiências dos artistas portugueses Jonathan Uliel Saldanha (Música e multimédia), Cláudia Dias (Dança) e João Gabriel Oliveira (Pintura); dos brasileiros Luciana Lara (Dança), João Saldanha (Dança) e Michelle Moura (Dança); da alemã Siegmar Zacharias (Teatro); da inglesa Rosie Heinrich (Artes Visuais), das argentinas Ana Laura Lozza e Barbara Hang (Dança); e da chilena Javiera Péon-Veiga (Dança e Performance), cujos trabalhos revelam uma poética espacial multiforme e transdisciplinar. Ao mergulhar nas obras de - e em diálogo com - artistas europeus e latino-americanos pretende-se tornar visível e experiencial o processo dinâmico através do qual são criadas as suas arquiteturas efémeras particulares e ajudar a repensar o inominável que elas convocam. Atuando em campos artísticos muito diferentes, estes artistas possuem um traço em comum: a noção de território e a sua transformação poética rumo a um universo próprio.
Gustavo Ciríaco é um coreógrafo e artista transdisciplinar brasileiro que transita entre a dança e as artes visuais, passando por projetos expositivos e intervenções onde a experiência é o motor da partilha com o público. Com um caráter site-specific, as suas obras fomentam o diálogo entre contexto e arquitetura, geografia e habitação, realidade e ficção, numa pesquisa contínua sobre os campos extensivos da arte de fazer danças. Entre os seus projetos destacam-se a exposição Sala de Maravilhas e as peças Gentileza de um gigante e Aqui enquanto caminhamos. Os seus trabalhos foram apresentados internacionalmente. Desde 2018, é artista-investigador associado no THIRD - DAS Research - Universidade de Artes de Amsterdão.
Luciana Lara é uma criadora da dança contemporânea brasileira, fundadora, coreógrafa e diretora da Anti Status Quo Companhia de Dança. O seu trabalho é reconhecido pela hibridez, experimentação, pesquisa de linguagem, abordagem transdisciplinar com campos não artísticos e diálogo com as artes visuais, a relação corpo - cidade e os novos suportes e formatos (instalação coreográfica, intervenção urbana, site specific, internet e publicações).