CONVERSAS COM CIÊNCIA: O Mundo das Cianobactérias: A longa jornada no nosso planeta e o seu potencial
CONVERSAS COM CIÊNCIA
com João Morais, investigador do CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental
Acesso gratuito
As cianobactérias são organismos procarióticos fotossintéticos, que existem há mais de 3,5 biliões de anos e desempenharam um papel crucial na evolução do planeta Terra. Podem ser encontradas em diferentes ambientes e regiões, desde ambientes aquáticos (oceanos, rios, lagos), terrestres (solos, edifícios), sobrevivendo em ambientes extremos como desertos, glaciares, fontes termais ou salinas. Atualmente são reconhecidas mais de 5000 espécies de cianobactérias, estimando-se que este valor possa ser muito maior, já que muitas áreas do nosso planeta ainda não foram suficientemente exploradas em termos de diversidade microbiana. Estes organismos têm capacidade de produzir uma grande variedade de compostos bioativos, com potencial para serem usados em diferentes aplicações, desde a medicina, agricultura e indústria farmacêutica.
Nesta conversa iremos explorar a importância das cianobactérias, a sua origem, diversidade, aplicações e respetivo potencial e abordar algumas questões, tais como: será que compostos obtidos a partir de cianobactérias permitirão dar resposta a alguns desafios societais atuais como a saúde e a agricultura? Poderão estes organismos ser um alimento no futuro? Serão as cianobactérias importantes no planeta atualmente e em futura exploração espacial?
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João Morais, biólogo, é atualmente curador de uma coleção de culturas de cianobactérias e microalgas (LEGE-CC) do CIIMAR – Universidade do Porto. Os seus principais interesses de investigação centram-se na diversidade e sistemática de cianobactérias obtidas de diferentes ambientes, focando todo o processo, desde a sua amostragem, isolamento e bioprospecção. O investigador dedica grande parte do seu tempo, à organização e manutenção de cianobactérias e microalgas em repositórios biológicos com o objetivo de preservar e manter este recurso para fins de investigação, estudos taxonómicos e diferentes aplicações biotecnológicas.