Com Philippe Vergne, Paula Fernandes e Ricardo Bravo (Fundação de Serralves), Nuno Brandão Costa (Brandão Costa Arquitectos, Lda), Rui Ribeiro (Amplitude Acoustics), Carlos Manuel Oliveira (Amorim Cork Insulation), Luz e Som, Luís Girão (em representação da Comissão Europeia) e moderação de Luís Teixeira (Escola das Artes, UCP).

MICRO | MACRO

O convite feito a Ryoji Ikeda para conceber um pavilhão temporário para o Parque de Serralves enquadra-se numa prática continuada de convidar artistas para criar e instalar trabalhos no património natural de Serralves. Contando com a colaboração do atelier de arquitetura do Porto Brandão Costa Arquitectos, este projeto teve ainda a colaboração de outros entidades que contribuíram para a construção de um espaço único.

Pretendia-se que o pavilhão tivesse um tratamento acústico excecional, e para isso a tivemos a corticeira Amorim que garantiu todo o revestimento interior das paredes com vários tipos de materiais, nomeadamente os painéis de cortiça e a fibra de coco. Para a apresentação da obra foi necessário instalar material da mais recente tecnologia, e contámos para tal com a empresa Luz e Som.

Ryoji Ikeda (1966, Gifu, Japão), um dos mais destacados compositores eletrónicos e artistas visuais do Japão, explora as características essenciais do próprio som e de elementos visuais como a luz,
tanto através da precisão matemática como da estética matemática. Ikeda impôs-se como um dos poucos artistas internacionais que conseguem trabalhar convincentemente no cruzamento entre o universo sónico e o visual: orquestra de modo elaborado som, materiais visuais, fenómenos físicos e noções matemáticas em performances ao vivo e instalações imersivas.

A obra apresentada nesta instalação reflete o culminar de 18 anos de trabalho do artista e como tal, adquire para si um significado muito particular que pretende partilhar com os visitantes ao transformar a visita numa experiência única e completa.

Para a conceção da obra, o artista e o seus colaboradores desenvolveram uma intensa e profunda investigação, nas áreas científicas e tecnológicas, a obra demorou mais de um ano a ser concluída. Para a sua instalação o artista e o seu colaborador de longa data tiveram que se deslocar ao Museu e aqui durante vários dias realizaram testes com o material previamente instalado, e afinaram a apresentação.

Com este encontro pretende-se enfatizar a importância das parcerias na concretização de um projeto complexo e inovador, reunindo especialistas das diversas áreas envolvidas.

A apresentação da obra MICRO | MACRO em Serralves só foi possível graças à sinergia de todos os parceiros envolvidos, que queremos destacar nas diferentes intervenções.

Este projeto tem o apoio imprescindível do programa STARTS.

As comunicações serão realizadas em português.