SESSÃO DE CINEMA

INTRODUÇÃO À ‘MÚSICA DE ACOMPANHAMENTO PARA UMA CENA DE CINEMA’ DE ARNOLD SCHOENBERG | MOISÉS E AARÃO

Retrospetiva Straub-Huillet

Sessão de cinema com apresentação de Manuel Deniz Silva

Casa do Cinema Manoel de Oliveira
08 OUT 2023 | 17:00

O acesso ao Auditório da Casa do Cinema é feito pela Rua de Serralves nº 873, 30 minutos antes do início da sessão.

Bilheteira
Bilhete: 3€
Estudante/Jovem, maiores de 64 e Amigos de Serralves: 1.5€  


Passe geral para todas as sessões
Público geral: 70€
Estudante/Jovem/ Maiores de 64 e Amigos de Serralves: 35€

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INTRODUÇÃO À ‘MÚSICA DE ACOMPANHAMENTO PARA UMA CENA DE CINEMA’ DE ARNOLD SCHOENBERG | MOISÉS E AARÃO
Moisés e Aarão (Jean-Marie Straub e Danièle Huillet, 1974)

Quinta sessão da retrospetiva integral Straub-Huillet, com a projeção dos filmes "Introdução à 'Música de acompanhamento para uma cena de cinema' de Arnold Schoenberg" (1973) e ""Moisés e Aarão"" (1974), com apresentação de Manuel Deniz Silva.


Einleitung zu Arnold Schoenbergs Begleitmusik zu einer Lichtspielscene | Introdução à ‘Música de acompanhamento para uma cena de cinema’ de Arnold Schoenberg

Jean-Marie Straub e Danièle Huillet | FRG | 15 min. | 1973

Dando réplica à “proposta” de Arnold Schoenberg, Straub-Huillet cinematizam uma obra que o compositor vienense tinha escrito para um filme imaginário. Na interpretação cinematográfica que Straub-Huillet fazem dessa música, são incluídas imagens de arquivo de mortos da Comuna de Paris, ou de bombardeamentos americanos no Vietname. A meio caminho entre o agitprop e o filme-ensaio, denúncias de antissemitismo, fascismo e capitalismo, Straub-Huillet mantêm a coerência com o subtítulo que Schoenberg deu à sua composição: “perigo ameaçador, medo, catástrofe”.


Moses und Aron | Moisés e Aarão

Jean Marie Straub e Danièle Huillet | FRG, ITA, AUT | 107 min. | 1974

Reforçando as afinidades com Schoenberg, Moisés e Aarão parte da ópera homónima, dando-lhe uma leitura política que enfatiza a luta do povo contra a opressão. Filmada no anfiteatro em Alba Fucens com som direto, a sua abordagem à música tornou-se um paradigma da poética de Straub-Huillet: “Quando se faz um filme baseado numa partitura musical, a primeira coisa consiste em procurar as nervuras na partitura para saber onde será possível intervir, mudar de plano, começar um bloco sonoro e interrompê-lo. A segunda coisa consiste em encontrar imagens que não bloqueiem a imaginação do espectador. E ninguém faz isto” (J.-M. Straub).

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Manuel Deniz Silva
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Manuel Deniz Silva
Manuel Deniz Silva

Manuel Deniz Silva é professor auxiliar no Departamento de Ciências Musicais da NOVA FCSH e Presidente do Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md). Doutorou-se em 2005 na Universidade de Paris 8 (St. Denis), com a tese “‘La musique a besoin d’une dictature’: musique et politique dans les premières années de l’État Nouveau Portugais (1926-1945)”. No INET-md, foi coordenador do grupo de investigação “Estudos Culturais em Música Erudita Ocidental” e da linha temática “Música e Média”. Foi investigador responsável, entre 2010 e 2013, do projecto “À escuta das imagens em movimento: novas metodologias interdisciplinares para o estudo do som e da música no cinema e nos média em Portugal”. Entre 2021 e 2022, coordenou a equipa responsável pela transcrição, edição e revisão das partituras originais de Armando Leça para três filmes mudos realizados por Georges Pallu e produzidos pela Invicta Film (Rosa do Adro, 1919, Os Fidalgos da Casa Mourisca, 1921, e Amor de Perdição, 1921), editadas em DVD pela Cinemateca Portuguesa. Entre outras publicações, é co-autor de Fernando Lopes-Graça (1906-1994): Uma fotobiografia (CMC, 2018) e co-editor de Composing for the State: Music in 20th-Century Dictatorships (Ashgate, 2016) e Indústrias de Música e Arquivos Sonoros em Portugal no Século XX: práticas, contextos, patrimónios (CMC, 2014). É co-coordenador do Grupo de Trabalho “Cinema Mudo e dos primeiros tempos” da Associação de Investigadores da Imagem em Movimento. Foi vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Investigação em Música (2010-2013) e co-editor da Revista Portuguesa de Musicologia (2014-21).    

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