ALEXANDER KLUGE, A UTOPIA DO CINEMA
Em colaboração com a Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema
Auditório Casa do Cinema Manoel de Oliveira
Escritor,
cineasta e filósofo, Alexander Kluge (Halberstadt, 1932) produziu, ao longo de
sessenta anos, uma vasta obra fílmica que é um labirinto onde se cruzam campos
disciplinares muito diversos, numa síntese caleidoscópica de interrogações e
perplexidades que atravessam as múltiplas frentes da sua ação política e
cultural.
Próximo da
Escola de Frankfurt e amigo pessoal de Theodor Adorno, foi através deste que
conheceu o cineasta Fritz Lang e se aproximou do cinema. Alexander Kluge foi um
dos cineastas que, em 1962, assina o Manifesto de Oberhausen, documento que
inaugura o Novo Cinema Alemão. O seu percurso, fortemente marcado pela procura
e reinvenção de outras formas de fazer cinema e televisão, nos antípodas dos
modelos comerciais, alia a crítica do racionalismo a uma estética de
resistência, gravitando em torno da ficção, das ciências sociais, da teoria do
cinema e da história. Os seus filmes foram galardoados nos mais importantes
festivais de cinema europeus, como Cannes, Veneza (onde recebeu o Leão de Ouro
em 1968 e o prémio carreira em 1982) ou Berlim.