Museu

Projeto arquitetónico

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Zona interior do edifício. O chão é as paredes são cobertas por placas de mármore polido.

Situado no Parque de Serralves, o Museu estabelece um diálogo direto com a Casa de Serralves e os jardins envolventes. Em lugar de uma fachada monumental, o Museu define-se por uma articulação harmoniosa entre diferentes elementos arquitetónicos e o ligeiro declive do terreno onde o edifício está implantado.

Construído de forma longitudinal de Norte para Sul, o edifício apresenta um corpo central que se divide em duas alas, separadas por um pátio, dando origem a uma estrutura em U e a uma construção em forma de L, entre esta e o edifício principal formando-se um segundo pátio que serve de acesso principal ao Museu e que se encontra ligado ao parque de estacionamento subterrâneo e ao jardim.

O Museu dispõe de 14 salas de exposições distribuídas por três pisos. No piso superior encontram-se o restaurante, a Sala do Serviço Educativo e a Sala Multiusos. Da esplanada que se estende a partir do restaurante o visitante tem uma vista ampla sobre o Parque de Serralves. O piso da entrada dá acesso às salas de exposição e à livraria. O piso inferior alberga salas de exposição, a Biblioteca, o Auditório e uma cafetaria. O acesso a estes espaços a partir da entrada do Museu é facilitado por um átrio quadrado situado ao lado da receção, complementado por um bengaleiro e balcão de informação.

A disposição fluida dos espaços do Museu proporciona aos visitantes múltiplos itinerários e pontos de vista em consonância com o sempre renovado programa de exposições e atividades com estas relacionadas. A sucessão de perspetivas longas sobre o interior do edifício e o exterior, sob a forma de "rotas de fuga” para os jardins, caracteriza a arquitetura. No interior, a iluminação artificial combina-se com a luz natural.

A estrutura do edifício é composta de betão e aço, com revestimento exterior de granito e reboco pintado. Na cobertura do edifício foram usados materiais de origem local. No interior, o chão é de carvalho e mármore, as paredes e os tetos, de gesso e estuque pintado. A altura dos tetos varia entre 2,88 e 9,50 metros (média de 6,20 metros).

Edifício: 12.669,80 m2


Salas de exposição: 4.484,9 m2


Auditório: 600 m2

Biblioteca: 352,80 m2

Espaço público: 564,80 m2

Loja do Museu: 146,9 m2

Restaurante: 222,90 m2

Sala Multiusos: 103,20 m2

Sala dos Programas Educativos: 233,60 m2

Escritórios: 537,40 m2

Área de serviços: 770,50 m2

Parque de estacionamento: 3.309 m2

Álvaro Joaquim Melo

Siza Vieira

Fotografia de Álvaro Siza Vieira

Nasceu em Matosinhos em 1933. De início interessado pela pintura e escultura, optou no final por estudar Arquitectura na Escola Superior de Belas Artes do Porto (ESBAP) entre 1949 e 1955. Realizou a sua primeira obra em 1954. Colaborou com o Prof. Fernando Távora entre 1955 e 1958 e ensinou na ESBAP nos anos 60 e 70. Foi Professor Visitante em várias instituições de ensino internacionais e leccionou na Faculdade de Arquitectura do Porto. Foi Professor Visitante na Escola Politécnica de Lausanne, na Universidade de Pensilvânia, na Escola de Los Andes em Bogotá e na Graduate School of Design of Harvard University como "Kenzo Tange Visiting Professor".

O trabalho de Álvaro Siza pode ser apreciado em áreas como a habitação social, as residências privadas, os complexos residenciais, os equipamentos culturais e sociais, a arte pública e a recuperação urbanística. Realizou os projectos das habitações da freguesia da Malagueira, em Évora (1977), da Casa Avelino Duarte, em Ovar (1981-85), da Escola Superior de Educação de Setúbal (1986-1992), da Faculdade de Arquitectura do Porto (1986-93) e da Biblioteca da Universidade de Aveiro (1988). Dirigiu desde 1985, na Holanda, o Plano de Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia e concluiu o projecto para os blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht.

Em Portugal concebeu, entre outros importantes projectos, o Museu de Serralves, um Centro Paroquial no Marco de Canavezes e os Pavilhões de Portugal para a EXPO'98 e Hannover 2000. Em Espanha realizou os projectos para o Centro Meteorológico da Villa Olimpica em Barcelona, o Museu de Arte Contemporânea da Galiza e da Faculdade de Ciências da Informação, em Santiago de Compostela, e a Reitoria da Universidade de Alicante. Entre os seus projectos urbanísticos destacam-se o plano urbanístico para Macau (1983-84), o plano de recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia (1985), o projecto de renovação urbana de Giudecca, em Veneza (1985) e o plano urbanístico da Praça de Espanha, em Lisboa (1989). Permanece envolvido na coordenação da reconstrução do Chiado, em Lisboa.

Nos anos 70 expôs em Copenhaga, Aarhus, Barcelona, na Bienal de Veneza e em Milão. Na década seguinte apresentou os seus trabalhos em lugares como o Museu de Arquitectura de Helsínquia e o Museu Alvar Aalto em Jyvaeskyla, na Finlândia, o Centre Georges Pompidou, em Paris, o Institute of Contemporary Arts, em Londres, o Massachusetts Institute of Technology, em Cambridge, Estados Unidos, entre outros.

Nos anos 90 expôs em cidades como Sevilha, Antuérpia, Tóquio, São Paulo, Madrid e em lugares como o Centro Galego de Arte Contemporanea, em Santiago de Compostela, o Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a Fondation pour l'Architecture, em Bruxelas, entre outros. Neste século exibiu obras e projectos em importantes instituições e espaços em Barcelona, Tóquio, Porto, Yokohama Bremen e Saint-Étienne.

Álvaro Siza participou nos concursos para a Expo 92 de Sevilha (1986), "Un Progetto per Siena" (1988), para o Centro Cultural de La Defensa em Madrid (1988/89) (que ganhou) e ainda para a Bibliothèque de France em Paris (1989/90), Museu de Helsínquia (1993) e Centro Islâmico em Lisboa (1994). Obteve o primeiro lugar para o concurso de Schlesisches Tor, Kreuzberg, Berlim, para a recuperação do Campo di Marte, Veneza (1985) e na remodelação do Casino e Café Winkler, Salzburg (1986).

Foi distinguido com inúmeros prémios e condecorações, de que se destacam os recebidos da Associação de Arquitectos Portugueses, do Conselho Superior do Colegio de Arquitectos de Madrid, da Harvard University, da American Academy of Arts and Letters, de Nova Iorque e do Circulo de Bellas Artes de Madrid. Recebeu ainda a Medalha de Ouro da Fundação Alvar Aalto, em 1988 o Prémio Europeu de Arquitectura da Comissão das Comunidades Europeias/Fundação Mies van der Rohe. Em 1992 foi-lhe atribuído o importante Prémio Pritzker da Fundação Hyatt de Chicago pelo conjunto da sua obra e 2002 recebeu o Leão de Ouro de Veneza pela Bienal de Veneza;

É membro da American Academy of Arts and Science e "Honorary Fellow" do Royal Institute of British Architects, do AIA/American Institute of Architects, da Académie d'Architecture de France e da European Academy of Sciences and Arts.
Foi Nomeado Doutor "Honoris Causa" pela Universidade Politécnica de Valencia (1992), pela Escola Politécnica Federal de Lausanne (1993), pela Universidade de Palermo (1995), pela Universidade Menendez Pelayo, Santander (1995), pela Universidad Nacional de Ingeniería de Lima, Peru (1995), pela Universidade de Coimbra (1997), pela Universidade Lusíada (1999) pela Universidade Federal de Paraíba, João Pessoa, Brasil (2000); pela Università degli Studi di Napoli Federico II, Polo delle Scienze e delle Tecnologie, Nápoles, Itália (2004).

Mecenas do Museu

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