CONVERSA MARIA ANTÓNIA SIZA: TUDO O QUE ELA QUIS?
MARIA ANTÓNIA LEITE SIZA, 50 YEARS LATER
Acesso: 3€ (Amigos de Serralves, estudantes e maiores 65 anos: 50% desconto).

Tudo o que eu quero foi uma exposição-manifesto que em 2021 apresentou exclusivamente o trabalho de mulheres artistas portuguesas de diferentes gerações. Um dos objetivos passava por retirar da invisibilidade mulheres que marcaram o panorama artístico nacional, mas que não tiveram o mesmo tipo de oportunidades e de reconhecimento que os seus pares masculinos. No fundo, fazer com que à mulher se deixe de atribuir o passivo papel de musas, mesmo quando são plenas criadoras. Entre as 40 artistas estava Maria Antónia Siza, e a exposição voltou a fazer com que todos se interrogassem: “Como é que a história da arte portuguesa pôde excluir esta artista?”
Para tentar responder a esta pergunta, e refletir sobre a prática artística breve mas irredutivelmente singular da artista, teremos em Serralves a autora do belíssimo texto sobre Maria Antónia Siza publicado no catálogo da referida exposição: Leonor Nazaré, assessora e curadora do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. Na mesma ocasião, uma outra perspetiva sobre a artista e a sua exposição em Serralves estará no centro da apresentação da curadora independente Antonia Gaeta, que aproximará de forma surpreendente dois artistas separados por quase cinco séculos, Maria Antónia Siza e Ticiano, para perguntar-se como é que “coisas que são categoricamente evidentes podem ocasionalmente ser invisíveis.”
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Leonor Nazaré (Caldas da Rainha, 1963) é assessora e curadora no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, desde 1999. Nesse âmbito, comissariou até ao momento cerca de meia centena de exposições ou eventos de arte contemporânea, (entre as quais Densidade Relativa, 2005, Respublica, 1910 e 2010 Face a Face, 2010, e exposições retrospetivas de Joaquim Bravo, Rui Sanches, Fernando Azevedo ou Charrua, entre outras).
É doutorada em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra (2017). Concluiu um D.E.A. (Diplôme d’Études Approfondis): La Philosophie et la Cité, variante Esthétique, na Universidade de Paris X, Nanterre (1997). A equivalência ao grau de Mestre em Ciências da Comunicação foi atribuída pela Universidade Nova de Lisboa. Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1985).
É crítica de arte desde 1989: foi colaboradora permanente do jornal Expresso entre 89 e 97 e pontual de algumas revistas de arte nacionais e estrangeiras. Integrou o corpo dirigente da secção portuguesa da AICA de 2004 a 2012.
Lecionou na Universidade Autónoma de Lisboa; no Instituto Camões em Paris; na escola Ar.Co; nos Mestrados de Pintura e de Curadoria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa; no Mestrado de Coreografia da Escola Superior de Dança de Lisboa; em diferentes graus do ensino secundário.
Foi autora de vários cursos e conferências na área da arte contemporânea, num total de cerca de 50 eventos. Participou em dezenas de júris de concursos diversos na área artística.
Publicou uma centena de textos: textos de catálogo e textos sobre artistas, três livros sobre artistas e entrevistas e compilações de carácter enciclopédico na área da arte contemporânea. Publicou três traduções literárias.